quarta-feira, 29 de junho de 2011

Relatividade

  • Objetivos
Compreender as principais contribuições de Einstein para a ciência e a construção do mundo moderno.

  • Introdução
    Mesmo 100 anos depois da publicação do primeiro artigo sobre a relatividade, pouca gente entende seus efeitos ou sabe de suas conseqüências. Embalados pelos filmes de ficção científica, muitos jovens imaginam que a teoria da relatividade prevê viagens através do tempo, como fantásticos retornos a um passado pré-histórico ou avanços ao futuro pós-apocalipse. Um mundo de paradoxos ligados ao tema pode ser explorado. E eles não são solúveis apenas pela semântica das palavras, mas também pelas concepções físicas e matemáticas que envolvem nossas relações com esse todo que nos cerca. A extensa reportagem de VEJA mostra esse universo proposto por Albert Einstein, em que o tempo não é mais um conceito absoluto e o espaço encurva-se sob a ação da gravidade. Embora escapem ao senso comum, esses conceitos estão presentes no nosso cotidiano, o que por si justifica uma abordagem do assunto com os adolescentes.
  • Preparação da aula
    Antes da leitura da revista com os alunos, reflita sobre as questões propostas a seguir e com base nelas planeje uma introdução do tema para a classe.

    A mecânica é uma das áreas mais exploradas pelo curso de Física no Ensino Médio. Não é à toa. Os fundamentos de uma parte dos conteúdos da disciplina, considerados clássicos, nasceram com a mecânica. Áreas inteiras do conhecimento físico – como as teorias sobre o calor e a eletricidade – sofreram tanta influência das concepções mecânicas que seriam possivelmente diferentes do que são caso as bases usadas fossem outras. Os trabalhos de Isaac Newton, nesse sentido, tornaram a mecânica uma teoria de sucesso e a Física, um modelo de ciência a ser seguido pelas outras.

    Em mecânica, os professores trabalham com referenciais, medidas de deslocamento, posições e tempo além da velocidade, aceleração, quantidade de movimento e energia, bem como sua conservação. Esses assuntos, embora essenciais, muitas vezes são tratados de maneira trivial, como se todos nós soubéssemos, de antemão, ou tivéssemos uma excelente intuição sobre o que vem a ser cada um deles. Isso acontece principalmente com noções como de velocidade ou de deslocamento. A aceleração é um conceito complexo e freqüentemente os estudantes resolvem dezenas de problemas em que ele está envolvido sem entendê-lo.

    Nossa intuição é falha em vários momentos. Os sentidos nos levam a crer que aumentar a velocidade até valores muito altos nos faria apenas chegar mais rápido aos lugares, e se tivéssemos como acelerar um objeto até velocidades infinitas poderíamos fazê-lo sem medo ou angústia. Nossas medidas de espaço e tempo seriam as mesmas tanto para o objeto levado a altas velocidades como para nós, aqui na Terra. Até para questões mais simples, as contas e nossas sensações sobre o mundo podem nos levar a enganos. Se percorrermos uma distância num determinado tempo e dividirmos essas duas grandezas adequadamente, uma pela outra, vamos obter a nossa velocidade média, isto é, a velocidade constante que teríamos para completar o percurso. Mas esse valor de velocidade média não traz qualquer informação sobre o que fizemos de fato – se houve algum tipo de interrupção no deslocamento ou se andamos mais rápido em outro trecho. Temos, com o cálculo da velocidade média, um valor que não corresponde necessariamente àquilo que de fato acontece.

    • Atividades
    Explique aos estudantes que a mais famosa teoria de Einstein possui duas partes. Uma delas trata da relatividade dos referenciais que são inerciais (relatividade restrita ou especial). A outra refere-se aos sistemas acelerados e, por isso mesmo, envolve-se com questões da gravitação (relatividade geral). Ambas são belas, mas de difícil compreensão. Precisamos de um esforço adicional de nossa intuição, que não experimenta habitualmente contrações do espaço ou dilatações do tempo...

    Conte que, para se safar de algumas das mais embaraçosas questões, muitos dão de ombros ao afirmar que “como Einstein disse, tudo é relativo”. Nada indica, no entanto, que o cientista tenha falado isso. E na verdade essa relatividade se deve aos referenciais. São medidas que apresentam resultados diferentes porque tempo e espaço não são absolutos. O termo relatividade nem consta do primeiro artigo de Einstein sobre o assunto. Ele falava sobre a eletrodinâmica dos corpos em movimento (Zur Elektrodynamik bewegter Körper) e que, portanto, não era nada parecida com teoria da relatividade, ao menos no nome.

    Destaque que tais questões, entre outras tantas, revelam que a relatividade está verdadeiramente relacionada com os fundamentos da Física. Essa é a proposta da aula, que envolve o conceito de referencial e trata do que acontece quando precisamos transformar as coordenadas de um sistema referencial para outro. É possível mostrar que temas complexos como o da relatividade podem ser parcialmente debatidos e estudados, até mesmo do ponto de vista técnico, no Ensino Médio. Geralmente esse assunto – dos referenciais e de grandezas como espaço e tempo, velocidade e aceleração – faz parte do currículo do primeiro ano.

    Inicie um trabalho de compreensão da reportagem de VEJA, tarefa que pode ser realizada em etapas.

    aula - Divida a turma em grupos de quatro ou cinco estudantes. Eles devem começar pela leitura de “Einstein e a Construção do Mundo Moderno”, destacando as palavras e expressões desconhecidas. Depois, convide um dos alunos a ler em voz alta as caixas de texto dessa parte da reportagem para que, mais uma vez, todos possam acompanhar o conteúdo.

    Proponha que as equipes – uma de cada vez, claro – escrevam no quadro-negro o que não entenderam do que ouviram. Para que o tumulto seja mínimo e produtivo, é recomendável que ao fim da leitura de cada bloco um representante dos grupos vá à lousa fazer suas anotações.

    Sugira que, ainda organizados em equipes, todos tentem responder às questões – se achar conveniente, encaminhe uma pesquisa na internet ou em publicações que abordem o assunto. Os jovens dificilmente encontrarão essa temática em livros didáticos do Ensino Médio. Nessa busca de informações, inclua também um levantamento dos dados biográficos de Einstein, com o propósito de montar uma linha do tempo da vida do cientista, como veremos mais adiante.

    aula - Esclarecidas as dúvidas iniciais, peça que os grupos retomem a leitura do texto, deixando de lado o quadro intitulado “A Relatividade Especial” (págs. 100 e 101). Os demais trechos da reportagem devem ser lidos nesse momento. Para auxiliá-los na tarefa, levante algumas perguntas de verificação de compreensão, a ser escritas no quadro:

    • Quais as ligações entre Albert Einstein e a política?
    • O que é annus mirabilis e quando ele ocorreu na vida de Einstein?
    • O que aconteceu com o cérebro de Einstein após a morte do cientista?
    • O que houve com o físico alemão quando veio para o Brasil?
    • O que atormentou Einstein nos últimos anos de sua vida?

    A seguir, use o quadro abaixo para explicar o efeito fotoelétrico.

    • Efeito fotoelétrico
    No final do século XIX, descobriu-se que os raios X e a radiação ultravioleta podiam descarregar eletroscópios. Esse fenômeno, conhecido como efeito fotoelétrico, não acontece para todas as radiações e não depende da intensidade delas, como seria de esperar. Na verdade, a energia da luz é transmitida em pacotes, os fótons, e não de forma contínua como em outras ondas. Assim, no tubo do diagrama abaixo, a incidência de luz sobre um dos eletrodos (placa emissora) arranca dos átomos alguns elétrons, que sob a ação da tensão da bateria são atraídos para o outro eletrodo, originando uma corrente elétrica. O efeito fotoelétrico, explicado por Einstein em 1905, valeu-lhe o Prêmio Nobel de 1921.

    aula - Após a leitura e a solução das perguntas formuladas, envolva o professor de Arte no assunto para explicar por que Picasso e Braque, entre outros, têm tanto a ver com a teoria da relatividade. Essa aula pode ser bastante interessante porque vai mostrar as ligações entre arte e ciência presentes na reportagem. Peça que seu colega leve reproduções de quadros que permitam demonstrar as relações entre cubismo e a teoria da relatividade, que são contemporâneos. Isso poderia ser realizado pelos próprios alunos, mas demandaria muito tempo e o material levantado provavelmente seria escasso.

    Ainda com base no texto de VEJA, encomende a elaboração de uma linha do tempo para situar os principais fatos da vida de Einstein, dando destaque para o seu annus mirabilis. Os estudantes podem complementar esse levantamento com outras informações adquiridas na pesquisa feita sobre o assunto na internet.

    É possível que tais atividades levem mais tempo do que o previsto, mas elas serão preparatórias para um exercício mais técnico, que vem a seguir.

    • aula - Recorde o conceito de sistemas de referência e exiba alguns exemplos de leituras de coordenadas em sistemas referenciais distintos e os deslocamentos de um em relação ao outro. Ressalte que esses sistemas em deslocamento com velocidade constante entre si são chamados de referenciais inerciais. Para pensadores e homens de ciência, como Galileu e Newton, o espaço e o tempo eram grandezas absolutas e as mudanças de referenciais não alteravam os resultados das coordenadas exceto a soma ou a subtração da velocidade entre esses próprios referenciais na questão da posição. O tempo e sua dependência com o referencial passam a ser uma novidade na época de Einstein.

    Elabore no quadro-negro um esquema de dois sistemas de referência (S e S’), sendo que um deles se move com velocidade v em relação ao outro na direção x. Mostre como as coordenadas do primeiro se relacionam com as do segundo de acordo com as transformações galileanas expressas por:

    x’ = x – v.t , y’ = y , z’ = z , t’ = t
    Chame a atenção de todos para o fato de que nessas transformações o tempo é sempre o mesmo, independentemente do referencial. Então, indique que, quando a velocidade relativa entre os referenciais é bastante alta, torna-se necessário que façamos outras correções nas transformações de coordenadas de um para outro. Isso porque as leituras das coordenadas mudam de referencial para referencial e o próprio tempo varia de observador para observador. Assim, as expressões ficam:

    Essas expressões são conhecidas como transformações de Lorentz (referência a seu criador, Hendrik Antoon Lorentz) e permitem calcular as contrações dos espaços e dilatações do tempo que se converteram numa marca da relatividade especial ou restrita.

    Ensine que em baixas velocidades a expressão v²/c² tende ao valor 0 e o fator g se torna 1, e dessa forma voltamos às transformações de Galileu. Se achar conveniente, é possível deduzir as transformações de Lorentz para a garotada. A bibliografia indicada no final deste roteiro traz boas referências para isso. O importante, porém, é os alunos perceberem que, em nome da constância da velocidade da luz, os espaços e tempos devem ser alterados. E isso se consegue com o conjunto de transformações acima.

    • Simultaneidade relativa
    Duas estrelas equidistantes de duas naves espaciais explodem. Um dos veículos (A) está parado em relação às estrelas, o outro (B) desloca-se com velocidade v em relação a uma delas. O astronauta de A observa ambas as explosões como simultâneas. Para o piloto de B, porém, a estrela da direita explode primeiro. A relatividade do tempo com o sistema de referência foi prevista por Hendrik Antoon Lorentz.

    • A inexistência do éter
    No final do século XIX, o físico norte-americano Albert Abraham Michelson construiu um interferômetro, semelhante ao aparato abaixo, para demonstrar a existência do éter. Tratava-se de um dispositivo que separava a luz emitida de uma fonte em dois feixes perpendiculares – um deles paralelo ao movimento da Terra e outro formando 90 graus com o primeiro, conforme o esquema. Considerando que o éter arrastaria a luz, deveria ocorrer uma diferença de intervalos de tempo entre os dois feixes, resultando em figuras de interferência diferentes (franjas circulares no anteparo). No entanto, não se observou nenhuma influência do éter sobre a velocidade da luz.
    • 5ª aula - Proponha agora a leitura do quadro “Relatividade Especial” de VEJA. Para calcular o que acontece ali, os alunos precisariam do teorema de adição de velocidades em relatividade. Mas, com as transformações de Lorentz, eles conseguem perceber que as diferenças nas leituras de velocidade se dão pelo fato de não podermos usar as interpretações pré-relativísticas para estudar essas questões. Assim, mesmo que haja composição de velocidades, a velocidade da luz deve ser constante.
     

domingo, 26 de junho de 2011

Crepúsculo com eclipse

por Paulo S. Bretones

O eclipse será visível em toda a América do Sul, África, Europa, Oceania, Antártida e Ásia exceto a parte norte.
Wikimedia Commons

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Denomina-se eclipse ao obscurecimento parcial ou total de um corpo celeste em virtude da interposição de um outro. A palavra eclipse vem do grego ekleipsis, que significa abandono, desmaio, desaparecimento. É uma das raras chances de observar-se um espetáculo tão belo da natureza. Embora os eclipses solares ocorram em maior número, vemos com mais freqüência os lunares, pelo fato de os últimos serem observados em áreas consideravelmente superiores à metade da Terra.

Os eclipses lunares ocorrem quando a Lua penetra no cone de sombra da Terra, o que só pode acontecer na fase de Lua cheia pelo seguinte: A Terra gira ao redor do Sol num plano. Por exemplo, supondo que o Sol esteja no centro da face superior de uma mesa, a Terra se move em torno do Sol no nível desta superfície. Ao mesmo tempo a Lua gira em torno da Terra, mas o plano de órbita lunar é inclinado um pouco mais de 5º em relação à face da mesa. Embora a Terra projete sempre a sua sombra não a percebemos porque geralmente a Lua passa acima ou abaixo da sombra. Assim, quando a Lua cruza o plano da órbita da Terra, ou seja, passa por um nodo, e além disso o Sol, a Lua e a Terra ficam alinhados, ocorre um eclipse lunar. A sombra da Terra projetada no espaço se estende em forma cônica por cerca de 1,38 milhão de quilômetros. À distância de aproximadamente 360 mil quilômetros, onde está a Lua, o diâmetro da sombra tem cerca de 9 mil quilômetros. Além de uma parte escura, chamada umbra ou apenas sombra, a sombra da Terra tem uma parte cinzenta denominada penumbra. Mas é a sombra que dá o efeito de beleza ao fenômeno, pois a penumbra na maioria das vezes é imperceptível.

Na tarde de 15 de junho, quando a Lua estiver ainda abaixo do horizonte, e, portanto ainda não terá nascido no horizonte leste, às 15h22min, a Lua cheia começará a "mergulhar" na sombra da Terra. Às 16h22min a Lua estará toda coberta pela sombra de nosso planeta.

No Brasil, para observadores em São Paulo, para considerarmos uma média, a Lua irá nascer eclipsada às 17h25min e o pôr do Sol ocorrerá às 17h27min. Devido ao horário deste evento, a Lua eclipsada não terá tanto contraste com o fundo do céu por conta da claridade do crepúsculo. Em outras palavras, não veremos a Lua cheia nascer bem brilhante como de costume, porque ela estará dentro da sombra da Terra.

Mesmo assim será um fenômeno raro e um desafio tentarmos observar a Lua nascendo totalmente eclipsada e o Sol se pondo do outro lado do horizonte.

Mais tarde, às 18h02min quando a Lua começará a sair da sombra estará a cerca de 7 graus de altura sobre o horizonte até que às 19h02min sairá por completo e estará novamente toda iluminada pelo Sol, quando estará a cerca de 19 graus do horizonte.

Os eclipses lunares já foram mais importantes para a pesquisa astronômica. Eles forneceram a primeira prova de que a Terra é redonda, foram utilizados no estudo da alta atmosfera do nosso planeta, no estudo da rotação da Terra, no tamanho e distância do nosso satélite além de variações em seu movimento. Além disso, os eclipses podem contribuir com a História na determinação de datas que se deram em tempos remotos.


Neste ano temos ao todo 4 eclipses sendo 2 eclipses da Lua e 4 eclipses do Sol. Destes, apenas o eclipse lunar de 15 de junho será visível no Brasil.

As observações do eclipse total da Lua podem ser realizadas com binóculos, lunetas e telescópios de fraco aumento.

Para fotografar o eclipse com câmera digital, pode-se fixá-la num tripé, em modo de foco infinito, paisagem ou cenário (landscape). Como se pode verificar o resultado da imagem obtida, é fácil experimentar o tempo de exposição durante o eclipse. Na fase de totalidade, pode-se usar sensibilidade de ISO 100 ou 200 e exposições entre 1s a 5s. Também pode-se aumentar o ISO e diminuir o tempo de exposição.

Para exposições depois da totalidade, geralmente a câmera consegue se adaptar as condições de luz automaticamente, bastando apertar o botão de disparo para efetuar a foto nesta fase. Para as câmeras com opções manuais, pode-se usar exposições rápidas de 1/350 a 1/125 com ISO 100 para aberturas pequenas como 1:5,6 ou 1:8.

Em suma, pode-se utilizar mais de uma abertura e velocidade de disparo para garantir fotos de boa qualidade. Com a câmara fixa, apoiada em tripé, deve-se disparar manualmente em intervalos de três, cinco minutos ou mais.

É importante conhecer a trajetória aparente da Lua e fazer um ensaio na véspera para procurar o melhor local. Usando-se teleobjetivas, como o campo é limitado, é possível obter imagens maiores da Lua.

De qualquer forma, vale a pena reunir a turma, procurar um local alto e com o horizonte livre. Pode-se observar o pôr do Sol e tentar ver a Lua nascendo eclipsada, em contraste com a claridade do crepúsculo e ainda na sombra do nosso planeta. Com o passar do tempo, a Lua estará cada vez mais alta, irá saindo da sombra e voltará a estar cheia e totalmente iluminada pelo Sol.

Ciência e cidadania

Coordenador do centro de pesquisas do Instituto Internacional de Neurociências de Natal Edmound e Lily Safra, Miguel Nicolelis planeja tornar a pesquisa científica um agente de transformação social

por Laura Knapp 

Em fevereiro, a primeira etapa de um projeto ambicioso concebido por neurocientistas brasileiros se consolidou com a inauguração oficial do Instituto Internacional de Neurociências de Natal Edmond e Lily Safra (IINN-ELS). Quando lançaram o sonho de montar uma rede de institutos de neurociências, em 2003, os idealizadores do projeto, Miguel Nicolelis, Sidarta Ribeiro e Claudio Mello, queriam não só implantar no Brasil um instituto de neurociências capaz de competir com grandes centros internacionais, mas contribuir para reverter as desigualdades sociais brasileiras. Mais que laboratórios de pesquisa, esses sonhadores, como gostam de ser descritos, querem formar centros com ativa participação da comunidade local para provar sua crença de que ciência pode ser feita por todos e é capaz de se transformar em grande catalisador social.

Na conversa por telefone com Scientific American Brasil durante uma de suas passagens pelo país, Nicolelis falou sobre educação científica, desenvolvimento e pesquisas realizadas em Natal.

Ímã para o Desenvolvimento
“O Brasil está caindo num fosso educacional. Se não prestar atenção, não haverá mais volta. Sem investir no potencial humano, é melhor esquecer a idéia de fazer o Brasil crescer.” A cada volta ao país, Nicolelis fica horrorizado ao encontrar adolescentes que não sabem ler. “Dizem que o Brasil forma 10 mil doutores por ano. A China forma 750 mil engenheiros, de alta qualificação, o que explica o crescimento de 14% ao ano. Isso é o que me assusta no Brasil. A sensação que tenho é que falta visão de como se constrói um país.”

Um dos motivos para ter escolhido o Rio Grande do Norte para montar o primeiro dos 12 institutos planejados é que o estado está muito atrás em índices de educação. Nicolelis acha que assim será mais fácil medir a diferença que o IINN fará. “Pelo menos sabemos de onde vamos partir.” Os vários projetos e centros – inspirados no instituto alemão Max Planck – devem, segundo ele, servir como magneto de transformação social e econômica. A idéia é formar um grande pólo de biotecnologia e biomédico em Natal, voltado para a neurologia, atraindo empresas, start-ups, fabricantes de próteses, fármacos e equipamentos. E afirma, confiante: “Se depender de nosso programa, nossa Califórnia será aqui. Este será o Silicon Valley brasileiro do cérebro.”
fonte: Scientific American Brasi

A nova novela das Manobras florestais

  •     A novela da mudança do Código Florestal, ao que tudo indica, deverá se arrastar por muitos e longos capítulos antes de chegar ao fim.
Não que o fim pareça promissor, ao contrário.
            Estranha novela, pretensamente formada por mocinhos e heróis sem a participação de vilões.
Literatura alguma, nem mesmo uma soap opera, expressão que em inglês denota os odiosos e melodramáticos conteúdos noturnos da TV (telenovelas) se sustentam na ausência de vilões, declarados ou dissimulados.
O relator da reforma do Código, deputado Aldo Rebelo ─ do PC do B-SP, à época do governo dos generais partido que devorava criancinhas ─ deixou o governo irritado na última quinta-feira com sua insistência em voltar atrás em acordos tidos como já resolvidos.
Rebelo ─ revelando a verdadeira face do seu partido e de outros comunistas do passado recente, gente conservadora, moralista e oportunista ─ agora compõe politicamente com ruralistas mais arcaicos que os membros da Sociedade da Terra Plana. O negócio deles é fazer recuar uma legislação que protege minimamente a cobertura florestal no Brasil.
  • Recentemente a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e Academia Brasileira de Ciência (ABC) preveniram para o revés que pode representar as mudanças propostas no Código Florestal.
As duas instituições, representantes da comunidade científica nacional, dizem que a ciência foi posta de lado na tomada de decisões nesta área.
Mas, sejamos honestos, para que serve a ciência numa sociedade que, segundo Joaquim Nabuco, na melhor das hipóteses e com muito esforço precisaria de séculos para livrar-se dos “entulhos da mentalidade escravista”?
Nada mais legítimo, na avaliação de boa parte da sociedade nacional, que um acerto entre sinhozinhos.
Preservam-se os privilégios e o restante da sociedade... ora bolas o restante da sociedade... Ela é que pague os impostos e permaneça de boca fechada.
  • A simples redução das matas ciliares (que seguem a margem dos rios) de 30 metros (o que já é um mínimo) para metade disso já é preocupante em muitos sentidos.
Uma delas é o assoreamento desses cursos d’água, com efeito danoso na flora e na fauna.
  • Mas o Brasil, como disse no início dos anos 70 (e depois disse que não disse) o então ministro do Planejamento dos generais, João Paulo dos Reis Velloso, “tem rios à vontade para serem poluídos”.
  • sociedade nacional Brasileira não se iluda. Desse mato não deve saem coelhinhos da Páscoa.

Ciência Brasileira

No curto intervalo de duas décadas, entre 1981 e 2000, o Brasil passou da 28ª para 17ª posição no ranking mundial de produção de ciência. Os dados, relativos à elaboração de artigos científicos, são do Institute for Scientific Information (ISI), entidade de reconhecido prestígio em bibliometria.

Nesta posição, o Brasil está à frente da Bélgica, Escócia e Israel, entre outros, e bem próximo da Coréia do Sul, Suíça, Suécia, Índia e Holanda.
O avanço da pesquisa científica brasileira, apesar de dificuldades históricas que ainda permanecem, resulta de iniciativas tomadas há meio século, especialmente com a constituição do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), principal agência nacional de fomento.

Nos anos 60, além da criação da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), também foram implantados vários cursos de pós-graduação destinados à formação de novos pesquisadores. Desde então, novas agências estaduais de apoio à pesquisa foram instaladas e fortalecidas. E, em meados dos anos 80, a criação do Ministério da Ciência e Tecnologia enfatizou a política científica e definiu áreas estratégicas para investimento e apoio.

Entre as dificuldades que ainda emperram o desenvolvimento da ciência no Brasil estão a concentração das investigações em universidades e institutos públicos, com uma contrapartida pouco significativa da iniciativa privada, além do fluxo irregular de recursos financeiros.

Os cenários mais recentes, no entanto, acenam com perspectivas promissoras em relação a estas limitações. Empresas privadas estão se dando conta de novas perspectivas de negócios envolvendo pesquisa, desenvolvimento e aplicação. Do lado dos financiamentos públicos, os fundos setoriais – percentual de recursos obtidos com atividades como exploração de petróleo e energia elétrica, entre outros – devem ampliar sensivelmente os financiamentos destinados à pesquisa científica.

Por incrível que pareça, um novo desafio do Brasil é incorporar sua grande quantidade de doutores no mercado de trabalho. Um expediente usado até agora vem sendo a concessão de bolsas de pesquisa. Mas essa é uma situação improvisada que não pode continuar. As universidade públicas dispõem de cerca de 6 mil vagas, das quais apenas 2 mil deverão ser preenchidas no curto prazo. O país precisa dessa mão-de-obra altamente qualificada. Para que ela tenha um horizonte profissional é necessária maior audácia da iniciativa privada.

CÉLULAS

No período de 1838 a1839, os cientistas alemães MatthiasSchleiden e Theodor Schwann con cluem que todas as plantas e animais são feitos de pequenos blocos  chamados células.

Universo pode não estar em ritmo acelerado de expansão

Segundo os dois cientistas brasileiros, a hipótese de expansão acelerada do Universo é muito influenciada por modelos, deixando de lado a observação direta. ...
  • http://www.google.com.br/url?url=http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php%3Fartigo%3Duniverso-nao-estar-ritmo-acelerado-expansao%26id%3D010830110603&rct=j&sa=X&tbm=nws&ei=ZssHTs2aOOHi0QHbjtWDCw&ved=0CC8QpwIwAQ&q=O+UNIVERSO+EM+EXPANS%C3%83O&usg=AFQjCNE7zDiyhoctkd3L0fOMzCTcMarjxQ&cad=rja

SANTOS É O GRANDE CAMPEÃO ( LIBERTADORES 2011)

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A PASSAGEM DO FÍSICO ALEMAO ALBERT EINSTEIN PELO BRASIL

  • A PASSAGEM DO FÍSICO ALEMÃO ALBERT EINSTEIN PELO BRASIL. O físico alemao Albert Einstein desembarcando no Rio de Janeiro. De 4 a 12 de maio de 1925, www.mast.br/nav_h05_txt511d.htm

Stephen Hawking – Conheça o maior físico da atualidade

A FÍSICA "PERDEU" UM DOS GRANDES FÍSICOS DA ATUALIDADE NA VIDA ACADEMICA, Atualmente, Hawking encontra-se incapacitado em razão de uma esclerose lateral amiotrófica : STEPHEN HAWKING
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